quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Falso pudor

A sociedade, pelo menos a que eu conheço e que me vai rodeando na rua, no metro, nos centros comerciais, sofre de um verdadeiro falso pudor. É giro não é? É engraçado como uma antítese pode ser enfática ao ponto de nos chocar. A sociedadezinha é falsamente púdica negando o que deseja enquanto bate com a mão no peito e olha para os peitos que deseja e que nus se despregam do corpo de quem faz da arte algo mais do que a mera utilização corporal de brilhantes purpurinas. Há formas de se sentir e de se orgasmear sem sequer tocar alguém, seja homem ou mulher. Se houver paixão para quê o falso repúdio daquilo que entre quatro paredes se desejaria até horrendamente desbravar.
O problema desta nossa sociedade, (mas quem sou eu para comentar ou dizer isso) é esta falta de apreciação verdadeira dos corpos e das artes, sem uma óptica puritanazinha que tão automaticamente embalsama o corpo e o deixa vazio daquilo que ele é só pela facilidade em castrar as sensações através da atribuição de significados e definições científicas daquilo que não tem nem é uma coisa nem outra.

Tenho dito.

2 comentários:

  1. Bem dito!!!
    Digo mais... que se fodam no falso pudor... ;)
    Bjs

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  2. Subscrevo palavra a palavra!
    Beijinhos e boas fodas!
    :))

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