segunda-feira, 10 de junho de 2013

E agora?

Cruzei-me na encruzilhada que me trouxe até ti.
E agora?
Agora olho-te de sorriso meio envergonhado, numa melodia doce ainda que triste.
Esses teus olhos gulosos deixavam esconder algo mais, como sempre acontece com qualquer um de nós.
Foste causando em mim sensações distintas,
Sensações que quebraram o meu quotidiano e me fizeram entregar a um outro quotidiano desconhecido mas tão mais apetitoso.
E senti borboletas enquanto esperava que chegasses.
Preparei qual cinderela a casa, o leito, o aroma.
E nada foi em vão.
O medo agora é o de futuro incerto.
O de encruzilhada eminente,
porque já vi que paixão é fácil, amar nem por isso.
De qualquer forma aliviava-me o sabor amargo da boca se te percebesse,
Se percebesse qual é a tua verdadeira intenção ao partilhares-te comigo,
Ao dares-me pedaços de ti, vivências que dantes eram tuas e nada mais.
E não páro de ouvir o teu íntimo, e isso deixa-me num misto de raiva mas de certeza doce ...
Não me quero aborrecer, nem sequer complicar,
Quero viver.
E a dolência que vou vivenciando nesta casa pérfida dá-me ganas de mais.
De querer buscar um pouco de doce em quem me dá um grão de açucar,
Em quem me dá um colo, um coração.
Mas tenho esperança...
Há-de aparecer o colo e o coração certos.
Enquanto não, cá vou rindo e chorando,
caindo e levantando,
em suma, vivendo.


1 comentário:

  1. Vem... viver a vida amooooooor que o tempo que passou não volta maaaaaais LOLOLOL é pimba? é? mas oh pah é tão verdade!!!!

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